A Santa Inquisição teve seu início no ano de 1184,
em Verona, com o Papa Lúcio III. Em 1198, o Papa Inocêncio III já havia
liderado uma cruzada contra os albigenses (hereges do sul da França),
promovendo execuções em massa. Em 1229, sob a liderança do Papa Gregório IX, no
Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo
Ofício. Em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado Ad
Exstirpanda, que foi fundamental na execução do plano de exterminar os hereges.
O Ad Exstirpanda foi renovado e reforçado por vários papas nos
anos seguintes. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou
oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos pagãos constituíam um
movimento e uma "ameaça hostil" ao cristianismo.
Os inquisidores, cidadãos encarregados de
investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico
e Civil. Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que
testemunhassem contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de
suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada.
Os inquisidores deveriam ter no mínimo 40 anos de
idade. Sua autoridade era outorgada pelo Papa através de uma bula, que também
podia incumbir o poder de nomear os inquisidores a um Cardeal representante,
bem como a padres e frades franciscanos e dominicanos. As autoridades civis,
sob a ameaça de excomunhão em caso de recusa, eram ordenadas a queimar os
hereges. Camponeses eram incentivados (ludibriados com a promessa de ascenderem
ao reino divino ou através de recompensas financeras) a cooperarem com os
inquisidores. A caça às Bruxas tornou-se muito lucrativa.

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