24.03.1844
Nascimento do Padre Cícero (24.03.1844 - 20.07.1934).
30.11.1870
Ordenação do Padre Cícero em Fortaleza (na Sé Catedral
do Ceará).
1871
Professor de latim no Colégio Cratense, de José
Marrocos, em Crato.
O Prof. Simeão Correia convidou o Padre Cícero para ele
celebrar a Missa do Natal em Juazeiro.
1877
Seca no Ceará.
1878
Seca no Ceará.
1879
Seca no Ceará.
1884
Segundo o Padre Cícero, tiveram início os êxtases de
Maria de Araújo.
01.03.1889
Primeira transformação da hóstia em sangue na boca da beata
Maria de Araújo.
07.07.1889
Primeira romaria, vinda de Crato sob o comando do Mons.
Francisco Rodrigues Monteiro.
19.08.1889
Maria de Araújo disse que Jesus lhe havia aparecido na
capela de Nossa Senhora das Dores.
Padre Cícero deu a comunhão a Maria de Araújo, em cuja
boca a hóstia se transformou em sangue.
21.08.1889
Na missa celebrada pelo Padre Cícero, Jesus teria dito a
Maria de Araújo que faria de Juazeiro porta do céu "para os puros e os
justos".
Mons. Monteiro declarou que Maria de Araújo era santa.
04.11.1889
O bispo do Ceará, Dom Joaquim José Vieira, pediu ao
Padre Cícero explicações sobre os fatos de Maria de Araújo.
07.01.1890
O Padre Cícero respondeu ao bispo sobre os fenômenos
verificados em Maria de Araújo.
27.04.1890
O Padre Sother teria dado crucifixo de bronze a Maria de
Araújo para ela rezar, e o crucifixo sangrou. (Ver 27.09.1891.)
26.03.1891
O Médico Marcos Rodrigues Madeira fez exame da hóstia em
sangue e na forma de coração na boca da beata Maria de Araújo.
29.04.1891
Em rede, a beata Maria de Araújo estava em sangue e com
as feridas de Jesus no corpo.
15.05.1891
O juiz de direito de Barbalha, João Firmino de Holanda,
veio ver uma transformação da hóstia.
19.07.1891
Comissão de inquérito (Padre Clycério da Costa Lobo e
Padre Francisco Ferreira Antero) constituída por Dom Joaquim José Vieira para
verificar os fatos em Juazeiro.
09.09.1891
Maria de Araújo e mais 19 testemunhas foram ouvidas pela
Comissão.
10.09.1891
Na igreja. Padre Clycério convocou 23 testemunhas
(padres, leigos) da comunhão reservada a Maria de Araujo. Três comunhões. Três
transformações da hóstia em sangue.
10.09.1891
Na casa do Padre Cícero. A beata Maria de Araújo estava
em rede, e o corpo sangrava.
11.09.1891
A hóstia transformou-se em sangue.
12.09.1891
A hóstia transformou-se em carne viva.
24.09.1891
O Padre Clycério deu a comunhão a Maria de Araujo. A
hóstia sangrou.
Os médicos Ignácio de Sousa Dias e Marcos Rodrigues
Madeira deram atestado do fato como sobrenatural.
27.09.1891
O Padre Quintino (de Crato) mostrou-se propenso a
acreditar nos fenômenos como milagres. O Padre Sother igualmente. (Ver
27.04.1890.)
28.04.1891
Casa de Caridade de Crato.
Cinco mulheres testemunhas dizem que os fenômenos são
milagres.
Duas hóstias apareceram entre os dedos da mão direita da
beata para comunhão dos padres Clycério e Antero.
Minutos depois, mais duas hóstias, que continuaram
sangrando nas mãos dos padres.
20.04.1892
O Padre Alexandrino (e o Padre Manoel Cândido, da segunda
Comissão de Inquérito) deixou Maria de Araújo 16 minutos de boca aberta. Não
houve transformação.
21.04.1892
A beata ficou 15 minutos de boca aberta. Não houve
transformação.
22.04.1892
A beata ficou 15 minutos de boca aberta. Não houve
transformação.
06.08.1892
Portaria de Dom Joaquim suspendeu de ordens o Padre
Cícero. O Padre Alexandrino fez a comunicação.
25.03.1893
Carta Pastoral de Dom Joaquim obrigou os párocos a negar
como milagres os fatos de Juazeiro.
07.1893
O Cardeal Mônaco, em Roma, recebeu a documentação
remetida por Dom Joaquim.
03.07.1893
Recepção em Juazeiro ao Padre Antero, vindo de Roma.
10.11.1893
Portaria de Dom Joaquim proibiu qualquer função
religiosa em Juazeiro.
14.11.1893
Carta anônima comunicou a Dom Joaquim a intenção que
tinha José Marrocos de pedir ao Vaticano a vinda de comissão de inquérito.
Dom Joaquim passou a informação ao Cardeal Dom Girolamo
Gotti, Internúncio em Petrópolis.
04.04.1894
A Congregação do Santo Ofício impôs penitência a Maria
de Araúj; proibiu visitas a ela e qualquer publicação dos fenômenos; impôs
silêncio acerca dos fenômenos e a incineração dos panos e das hóstias
ensanguentados.
25.07.1894
Carta Pastoral de Dom Joaquim censurava o Padre Cícero
de abusar da simplicidade dos católicos, declarava-o desobediente e impunha ao
detentor dos panos e das hóstias que os devolvesse sob pena de excomunhão.
25.09.1894
O Padre Cícero mandou a beata Maria de Araújo para a
Casa de Caridade de Barbalha.
25.12.1894
O Padre Cícero pediu ao Santo Ofício ser ouvido (ser interrogado
por ele). Não foi atendido.
01.11.1895
Cinco homens tentaram matar de faca o Padre Cícero. Ação
frustrada pelos romeiros.
13.04.1896
Portaria de Dom Joaquim proibiu o Padre Cícero de
construir a igreja do Horto e de celebrar missa.
26.06.1896
O Padre Cícero telegrafou à Santa Sé pedindo a vinda de
comissão a Juazeiro para investigar os fatos.
04.07.1896
Sem reposta ao telegrama, o Padre Cícero renovou o
pedido. Foi censurado pela cobrança de resposta.
31.07.1897
Carta Pastoral de Dom Joaquim dizia que a beatas negaram
o que haviam afirmado e que o Padre Antero se desdissera.
02.1898
O Padre Cícero embarcou em Recife a Roma.
25.02.1898
O Padre Cícero chegou a Roma.
23.04.1898
O Padre Cícero apresentou-se ao Santo Ofício.
17.08.1898
Saiu a decisão do Santo Ofício. Linguagem ambígua,
interpretável pró ou contra o Padre Cícero.
Dom Joaquim interpretou a decisão contra o Padre Cícero.
12.10.1898
O Padre Cícero embarcou de volta para o Brasil.
13.11.1898
O Padre Cícero desembarcou em Fortaleza.
26.12.1898
Dom Joaquim escreveu a quarta Carta Pastoral.
Mantinha-se contra os fatos de Juazeiro.
02.1899
O Padre Cícero foi morar em Crato.
23.04.1909
O Padre Cícero foi a Petrópolis falar com o Internúncio
Alessandro Bovona.
18.07.1909
Primeira edição do periódico O Rebate, fundado para
defesa política de Juazeiro.
26.08.1909
O Bispo Auxiliar (do Ceará) Dom Manoel Antônio de
Oliveira veio ao Cariri. Em Crato, o orador oficial, Padre Antônio Tabosa
Braga, abriu o discurso chamando o povo do Crato "nobre e altivo" e
"imundo o povo do Juazeiro".
14.08.1910
José Joaquim Teles Marrocos faleceu.
18.02.1911
Crato e Juazeiro fizeram acordo de paz política para
independência de Juazeiro.
22.07.1911
A Lei n.°1.028 (estadual) deu autonomia política a
Juazeiro.
04.10.1911
O Padre Cícero foi empossado prefeito.
15.12.1913
Dr. Floro proclamou-se governador paralelo.
O Cap. Ladislau, das forças estaduais vindas de
Fortaleza contra Juazeiro, avisou a Dr. Floro estar saindo de Crato para o
ataque com 600 homens.
19.12.1913
A força estadual foi reforçada com mais 500 homens sob o
comando do Cel. do Exército Alípio Lopes.
20.12.1913
As tropas vindas de Crato atacaram Juazeiro. Foram
barradas pelo valado. Os soldados começaram a debandar.
17.01.1914
Maria de Araújo faleceu.
22.01.1914
O Cap. Ladislau, ressacado, retirou definitivamente as
tropas: reconheceu estar vencido.
23.01.1914
Os combatentes de Juazeiro venceram Crato. Saque.
27.01.1914
Os combatentes de Juazeiro tomaram Barbalha. Saque.
Marchavam sobre Fortaleza para depor o governador,
Franco Rabelo.
14.02.1914
Tomada de Iguatu, também saqueada (depois de Lavras,
Jucás).
25.02.1914
Tomada de Senador Pompeu. Saque.
27.02.1914
Tomada de Quixeramobim. Saque.
01.03.1914
Tomada de Quixadá. Saque.
06.03.1914
Tomada de Baturité. Saque.
15.03.1914
Fortaleza estava vencida.
24.04.1914
O Padre Cícero foi nomeado prefeito pelo governador
Setembrino de Carvalho.
13.05.1914
O Padre Cícero foi eleito primeiro vice-governador.
Dr. Floro foi confirmado presidente da Assembleia
Legislativa.
04.08.1914
Joaquina Vicência Romana (Quinô), mãe do Padre Cícero,
faleceu.
20.10.1914
Bento XV autorizou a fundação da Diocese de Crato.
12.07.1916
O Santo Ofício excomungou o Padre Cícero.
O decreto da excomunhão não chegou ao conhecimento do
Padre Cícero.
23.12.1916
Dom Quintino visitou Juazeiro (primeira vez).
20.04.1920
Dr. Floro leu a íntegra da excomunhão que fora envida ao
Padre Cícero por meio de Dom Quintino. Tomou providências para que não fosse
executada por motivo da abalada saúde do Padre Cícero.
23.02.1921
O Santo Ofício determinou a Dom Quintino (bispo de
Crato) absolver de censuras o Padre Cícero e admiti-lo a confissão e a comunhão
como leigo.
04.06.1921
O Padre Cícero recebeu o decreto de Dom Quintino
proibindo-o de exercer funções sacerdotais.
O Padre Cícero acabava de celebrar a missa na igreja de
Nossa Senhora das Dores. Foi a última missa que ele celebrou.
12.1924
O Padre Cícero escreveu ao Padre Rota manifestando o
desejo de um colégio salesiano em Juazeiro.
09.01.1926
O Batalhão Patriótico (1.000 homens) formado por Dr.
Floro para combater a Coluna Prestes postou-se à frente da casa do Padre Cícero
e ao comprido da rua.
27.01.1926
O Santo Ofício escreveu a Dom Quintino informando que
receberia qualquer recurso do Padre Cícero.
07.03.1926
Lampião deixou Juazeiro, aonde veio chamado por Dr.
Floro para combater a Coluna Prestes.
08.03.1926
Dr. Floro faleceu no Rio de Janeiro. Joana Tertuliana de
Jesus (Mocinha) fez-se de Dr. Floro.
07.11.1926
O trem chegou a Juazeiro pela primeira vez.
22.10.1930
O Padre Cícero registrou no Cartório Machado a violação
do túmulo de Maria de Araújo procedida por ordem do Mons. José Alves de Lima
sem ordem judicial.
17.01.1934
O Padre Cícero doou à Diocese de Crato bens avaliados em
340 contos de réis.
20.07.1934
O Padre Cícero faleceu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário